O que você está procurando?

Projetos corporativos pós-pandemia

Conheça as opiniões de profissionais do mercado sobre o novo modo de trabalhar, a adaptação dos escritórios e as mudanças nos projetos corporativos

Com as mudanças trazidas pela pandemia do novo coronavírus, os escritórios não serão mais os mesmos. Para falar sobre essa transformação, o Grupo Indusparquet levantou a discussão entre Fernando Vidal, sócio-diretor do estúdio da Perkins and Will São Paulo, Douglas Enoki, Head de Arquitetura da It’s Informov e Dimas Gonçalves, diretor comercial das lojas de São Paulo da Indusparquet, em webinar mediado por Fernando Mungioli, publisher da revista Projeto. Confira algumas tendências do novo modo de trabalhar:

  1. Adaptação dos espaços físicos das empresas

O distanciamento social exigiu que funcionários adaptassem espaços em casa para trabalhar remotamente, e agora o retorno gradual ao escritório está sendo alvo de discussões. Segundo Fernando Vidal, estamos vivendo dois momentos: o primeiro é a volta do escritório atual com mudanças relacionadas aos novos protocolos para enfrentamento da pandemia e o uso do próprio espaço, e o segundo envolve a grande discussão do que vai ser o escritório do futuro. “O que a gente entende é que o espaço físico ainda é muito forte, é um local de geração de cultura e marca, a gente precisa estar humanamente conectado e o espaço proporciona isso. E para nós, o home office faz parte integrante da discussão de um novo escritório”, diz Vidal.

Salão do Mercado Livre com mesas e cadeiras dispostas sob piso de madeira Indusparquet.

Mercado Livre com piso Multiestruturado Assoalho Tauari Matte Elegance

Segundo os participantes, algumas mudanças esperadas no espaço físico dos escritórios para adaptar os funcionários no retorno às empresas e promover o bem estar são a maior abertura para luz natural, biofilia, disposição de mesas e cadeiras de forma não tradicional e maior uso de espaços de descompressão. O uso das tecnologias em experiências individuais e coletivas também veio para ficar, tais como identificação via QR code, reconhecimento facial e sistemas de entrada contactless em prédios, salas de reunião preparadas para conversas entre participantes virtuais e presenciais, além de estruturas para videoconferências mais dinâmicas e colaborativas. O escritório também pode complementar a experiência individual de funcionários que buscam executar atividades de maior concentração em ambiente corporativo e que dividem a carga horária com o home office.

Escritório iluminado por luz natural de janelas abertas. Ao centro, mesa com cadeiras ao redor, disposta sob tapete redondo e piso de madeira.

Piso Carvalho Taco Reale no Sérgio Fix Office

 

  1. Comunicação fluida com o home office

“As empresas tiveram que quebrar paradigmas. O home office foi uma ruptura cultural para muitas”, observa Douglas Enoki. O desafio agora é manter a cultura e o dia a dia da empresa mesmo à distância, por meio da conexão virtual e da comunicação eficiente. De acordo com o arquiteto, o escritório do futuro estará conectado de forma colaborativa, não mais preso à mesa do escritório. “Estar em home office não pode ser uma questão de isolamento, mas sim uma forma de trabalho conectada em espaço virtual. Trata-se de uma evolução na forma de trabalho, agora composta por diferentes conexões”, completa o arquiteto.

Isso também vai refletir nos projetos de escritórios que agora tendem a ser mais abertos, estimulando no ambiente físico a troca e a colaboração. A dinâmica das reuniões em grupo pode mudar de acordo com a finalidade: ambientes confortáveis com sofás para discussões longas, reuniões rápidas de pé ao redor de uma mesa, além do maior uso de salas de descompressão. “Tudo isso marca um movimento de apropriação de todos os espaços do escritório”, afirma Enoki.

 

  1. A cultura e o dia a dia nas empresas

Estar imerso no dia a dia e no funcionamento da empresa de forma física ainda faz parte do entendimento da cultura do espaço de trabalho. “Adaptar os funcionários novos, sem o contato presencial, pode ser muito complexo”, reflete Dimas Gonçalves. O arquiteto Fernando Vidal completa: “grande parte do sucesso do home office hoje se dá porque as pessoas já trabalharam juntas e conhecem a cultura do escritório”. Agora, trata-se de repensar o design e uso dos interiores e levar em consideração que o home office e o espaço físico podem ser complementares no ecossistema do escritório, integrando mais dinâmica e mobilidade ao trabalho.

Espaço de trabalho com cadeiras e grandes janelas de vidro.

WeWork Faria Lima com Masterpiso Multiestruturado Inovare Tauari Curitiba Classic

 

Por outro lado, ainda que implementar a cultura da empresa à distância possa ser um desafio, tem seus benefícios: os arquitetos concordam que a flexibilidade continuará sendo chave no novo modo de trabalhar, seja em termos de horário de trabalho ou no uso dos espaços. A colaboração, conexão e a busca do equilíbrio entre produtividade, qualidade de vida e bem estar vão ditar os próximos passos.

 

Assista aqui o webinar completo.

 

Leia também:

Home office: Cinco projetos como inspiração para montar o seu cantinho de trabalho

Cuidados com a limpeza do piso de madeira durante a pandemia da Covid-19

 

Compartilhe

Interessou?